Cobertura e ações educativas no âmbito do Programa de Suplementação de Vitamina A: estudo em crianças do Estado de Alagoas

Autora: Riquelane Bezerra Menezes Lima

Data da defesa: 28/05/2018

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Haroldo da Silva Ferreira - orientador

Profª Drª Risia Cristina Egito de Menezes - examinadora

Profª Drª Thatiana Regina Favaro - examinadora

Resumo geral:

A deficiência de vitamina A caracterizasse como problema de saúde pública no Brasil. Devido usa alta prevalência, foi instituído o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, em regiões de risco, composto pela suplementação com megadoses de vitamina A e ações de educação nutricional, visando reduzir o percentual de hipovitaminose A. Apesar do tempo decorrido desde a implantação do Programa, a deficiência de vitamina A ainda atinge altas prevalências na região semiárida de Alagoas 45,4%.Com proposito de abordar esse tema, realizou-se a presente dissertação, que se divide em capítulo de revisão da literatura e artigo original. Tendo como objetivo a analise a adequação da realização das ações educativas, a investigação da cobertura do PNVITA em Alagoas, juntamente a identificação dos fatores associados à essa cobertura. Trata-se de um estudo transversal realizado por meio de inquérito domiciliar envolvendo amostra probabilística representativas das crianças de 6 a 59 meses. As informações foram obtidas por meio de entrevista seguindo formulário estruturado aplicado às mães das crianças, com questões que propuseram investigar a participação das mães nas ações de educação em saúde e definir a cobertura do programa. Esta, baseada em informação colhida na caderneta de saúde, sendo definida segundo o percentual de crianças que recebeu a suplementação nos últimos seis meses. A identificação da associação entre as variáveis independentes (socioeconômicas, demográficas e de saúde) e a cobertura da suplementação, foi obtida pela utilização da razão de prevalência (RP) e seu IC95%, calculados por regressão de Poisson com ajuste robusto da variância, tanto na análise bruta quanto na ajustada (multivariável). A taxa de cobertura encontrada nas diferentes faixas etárias estudadas, demonstrou expressiva disparidade, com 91,9% para crianças de 6 a 11,9 meses e 38,6% entre aquelas com 12 a 59 meses. Os fatores associados de forma independente a uma maior cobertura do PNVITA foram ter idade entre 6 e 11,9 meses (RP=2,50; IC95%: 2,10-2,96), residir em zona rural (RP=1,45; IC95%: 1,20-1,76) e morar em residência com menos de 4 cômodos (RP=1,33; IC95%: 1,09-1,63).Constatando-se que 74,2% das mães nunca obtiveram qualquer informação sobre Programa. Onde apenas 26,1% das entrevistadas demonstraram conhecimento de pelo menos um alimento fonte de vitamina A, enquanto que 80,8% delas não souberam descrever algum problema decorrente da hipovitaminose A. Conclui-se que o PNVITA apresenta uma baixa cobertura em crianças de 12 a 59 meses e que as atividades de educação nutricional vêm ocorrendo de forma precária. Justificando uma maior atenção do poder público as dificuldades encontradas, visando melhorar a efetividade do Programa.

Palavras-chave: Saúde pública; vitamina A; suplementação; avaliação em saúde; Brasil.

Trabalho completo disponível em breve.