Consumo de micronutrientes relacionados ao controle pressórico por mulheres hipertensas assistidas pela rede pública de saúde: uma série temporal

Autora: Jéssika Oliveira de Araújo

Data da defesa:  15/12/2020

Banca examinadora:

  • Profª Drª Sandra Mary Lima Vasconcelos - orientadora/presidente
  • Profª Drª Thays de Ataíde e Silva - coorientadora
  • Profª Drª Suzana Lima de Oliveira - examinadora externa
  • Profª Drª Nathália Paula de Souza - examinadora externa
  • Profª Drª Alane Cabral Menezes de Oliveira - examinadora interna

Resumo geral:

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é classificada como uma doença crônica não transmissível (DCNT) que tem como característica a elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. Considerada assim um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Só no Brasil acomete cerca de 36 milhões de adultos, e foi responsável por 10,4 milhões de morte só no ano de 2017, apresentando uma prevalência maior em indivíduos de baixa renda com certa de 1,04 bilhões de pessoas. Além do sexo e histórico familiar, vários fatores de risco favorecem o desenvolvimento da hipertensão arterial. Ao longo dos anos, vários pesquisadores vêm observando o impacto das mudanças dos hábitos alimentares sobre o controle da pressão arterial, especificamente de alguns nutrientes como Potássio (K), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg) que já demostraram em pesquisas sua relação no controle da PA. A atual Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (2020) traz dados convincentes que o consumo e/ou suplementação de K demostraram resultado significativos na redução dos níveis pressóricos. No que diz respeito ao Mg, uma metanálise de estudos de coorte evidenciou o efeito protetor do magnésio, onde o aumento da ingesta de Mg em 100mg/dia associou-se a uma redução de 5% no risco de desenvolvimento de HAS. Em relação ao Ca foi observado em pesquisa atual que o consumo regular de cálcio pode contribuir para tratamento e prevenção da HAS em indivíduos com deficiência de vitamina D. O presente estudo tem como objetivo avaliar o consumo de micronutrientes relacionados ao controle pressórico por mulheres hipertensas assistidas pela rede pública de saúde: uma série temporal. Os dados foram retirados de 3 pesquisas de três pesquisas realizadas para o Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS) entre os anos 2007 a 2016, em três cortes no tempo. Do banco de dados das pesquisas foram coletados dados sociodemográficos, econômicos e do consumo alimentar, obtidos a partir de inquéritos dietéticos recordatórios de 24 horas (IDR24H). Foram calculadas medidas de tendência central (média) e de dispersão (desvio padrão) para as variáveis contínuas e verificadas as frequências para as variáveis categóricas. Foi utilizado a metodologia do método da EAR como ponto de corte, os dados do consumo quantitativo. Participaram do estudo 360 mulheres hipertensas, com média de idade de 48,99 ± 7,3 anos, distribuídas de forma homogenia entre as PPSSUS, evidenciando que o um consumo de Ca, K e Mg de todas mulheres estudadas entre os anos de 2007 a 2016 apresentaram níveis de ingestão muito abaixo das recomendações do IOM, resultado compatível com dados nacionais de ingestão.

Palavras-chave: Hipertensão arterial, mulheres, potássio, cálcio, magnésio, consumo alimentar.

Trabalho completo indisponível.