Efeitos da terapia interdisciplinar sobre os marcadores inflamatórios em mulheres obesas com e sem baixa estatura

Autora: Renata Ferreira Carnaúba

Data da defesa: 22/03/2017

Banca examinadora:

Profª Drª Ana Paula Grotti Clemente – FANUT/UFAL - orientadora

Prof. Dr. Eduardo Seixas Prado - FANUT/UFAL - examinador

Prof. Dr. Nassib Bezerra Bueno- FANUT/UFAL - examinador

Resumo Geral:

No Brasil, o último levantamento populacional nacional, observou que prevalência de obesidade foi de 20,3% entre indivíduos acima de 18 anos de idade, quando analisada segundo sexo e escolaridade observa-se que as mulheres apresentam maior prevalência 25,2% e concomitantemente as com menor escolaridade apresentam maior prevalência. As comorbidades relacionadas à gordura corporal excessiva e à síndrome metabólica merecem atenção, uma vez que são evidenciados que o aumento do índice de massa corporal, estava todos associados com maior placa aterosclerótica, aumento da pressão arterial, LDL-colesterol, níveis baixos de HDL-colesterol e diabetes mellitus em adultos. Em consonância a altura em adultos é um marcador nutricional amplamente utilizado, que reflete a interação entre herança genética e várias experiências e exposições ao longo da vida. Visando contribuir com a discussão do problema, esta dissertação apresenta: um capítulo de revisão com os mecanismos de adaptação fisiológicos ocasionados pela má nutrição no início de vida além de toda alteração no equilíbrio das citocinas e adipocinas encontrada em indivíduos obesos sendo caracterizado por ser um estado de inflamação crônica; o segundo artigo refere-se a um estudo de braço único, unicego, não aleatório com três meses de seguimento que comparou o perfil metabólico e inflamatório de mulheres obesas com baixa estatura e sem baixa estatura submetidas à terapia interdisciplinar para perda de peso. Ao categorizar os grupos pela classificação de estatura encontramos que o grupo de mulheres com baixa estatura apresentou diminuições significativas em relação a variável CQ quando comparado ao grupo sem baixa estatura ((∆= 8,96; p= 0,03), na relação entre adiponectina/leptina (∆= 0,10; p=0,03) no percentual de perda de peso (7,82% x 11,15%; p= <0,01) e na Massa Magra (∆=; p=0,04). Houve aumento também aumento nos níveis de leptina no grupo com baixa estatura. Foi mostrado que a terapia interdisciplinar mostrou-se mais eficiente para o grupo de mulheres com estatura normal, porém mulheres obesas com baixa estatura precisam ser submetidas à terapia interdisciplinar por mais tempo para que seus resultados sejam verificados devido às privações que as mesmas passaram no início da vida e as condições insalubres em que vivem.

Palavras-chave: Obesidade, estatura, marcadores inflamatórios.