Estudo da atividade antidiabética da polpa de camu-camu (Myrciaria dubia) em ratos diabéticos
Autor: Suank Alves de Melo
Data da defesa: 27/09/2012
Banca examinadora:
Profª Drª Êurica Adelia Nogueira Ribeiro – FANUT/UFAL - orientadora
Profª Drª Terezinha da Rocha Ataíde - FANUT/UFAL - examinadora
Profª Drª Suzana Lima de Oliveira - FANUT/UFAL - examinadora
Resumo Geral:
O diabetes melito é um grupo de doenças metabólicas, caracterizada por uma hiperglicemia crônica causada por defeitos na secreção e/ou ação da insulina, está associada a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, que levam a um aumento dos custos do controle e tratamento da doença. Os tratamentos tradicionais causam efeitos colaterais, que levam a população e pesquisadores a buscarem por alternativas naturais para o tratamento da diabetes. Entre essas possíveis alternativas naturais está o camu-camu (Myrciaria dubia), espécie pertencente à família Myrtaceae, gênero Myrciaria, nativo da Amazônia, que possui alto teor de ácido ascórbico e flavonóides, em especial antocianinas. Uma vez que não existem dados na literatura sobre atividade antidiabética da polpa de camucamu, aliado ao fato de espécies da família Myrtaceae possuírem indicação para o tratamento de diabetes, somado às atividades biológicas comprovadas dos compostos nutracêuticos que compõem a planta, a presente dissertação tem como objetivo investigar o efeito da polpa de camu -camu no tratamento de ratos diabéticos induzido, sendo desenvolvido na forma de dois artigos. No primeiro, denominado “Camu-camu (Myrciaria dubia [Kunth] Mc Vaugh): uma revisão” apresenta-se uma revisão sobre a espécie e seu fruto com destaque aos estudos nutricionais e farmacológicos sobre constituintes químicos, capacidade antioxidante e atividade biológica da Myrciaria dubia. O segundo artigo intitulado “Efeito da polpa de camucamu (Myrciaria dubia) em ratos diabéticos induzidos por aloxano” refere-se a um estudo experimental com ratos Wistar que foram divididos em três grupos: Controle (normoglicêmicos), Salina (diabéticos controle) e Camu-camu (diabéticos tratados com polpa de camu-camu, 3,0 ml/kg v. o.), tratados por 28 dias. O diabetes foi induzido por aloxano (42 mg/Kg i. v.). Glicemia de jejum, hemoglobina glicada, perfil lipídico, Alanina aminotransferase - ALT, Aspartato aminotransferase - AST, Ureia e Creatinina plasmáticos foram avaliados. Os animais tratados com polpa de camucamu tiveram redução significativa de glicose e LDL-colesterol. Essas atividades podem estar relacionadas à presença de compostos fenólicos na polpa de camucamu, podendo ser o camu-camu um fruto utilizado como auxílio no tratamento do diabetes.
Palavras-chave: Myrciaria dubia, Atividade biológica, Ácido Ascórbico, Diabetes Mellitus Experimental