Caracterização físico-química e microbiológica de tintura e microencapsulados de própolis vermelha de Alagoas

Autora: Erika Tayse da Cruz Almeida

Data da defesa: 11/03/2013

Banca examinadora:

Prof. Dr. Ticiano Gomes do Nascimento – FANUT/UFAL - orientador

Prof. Dr. Irinaldo Diniz Basílio Júnior - FANUT/UFAL - examinador

Prof. Dr. Pierre Barnabé Escodro - UFAL/Viçosa - examinador

Resumo Geral:

A própolis vermelha de Alagoas vem sendo estudada, amplamente, nas ciências básicas e aplicadas, demonstrando atividade biológica contra bactérias, parasitas, além de atividade citotóxicas para algumas linhagens de células cancerígenas. Várias formas farmacotécnicas tem sido desenvolvidas com própolis, em especial, extratos secos de própolis caracterizados como microencapsulados com o intuito de garantir estabilidade dos constituintes químicos, mascarar sabor, facilitar manuseio e preparação, bem como enriquecer constituintes ativos. O presente estudo teve objetivo de padronizar extratos secos de própolis vermelha através de ensaios físico-químicos e microbiológicos estabelecendo especificações de qualidade.  A própolis vermelha obtida de Marechal Deodoro foi submetida a processo de extração para obtenção de extrato bruto e, em seguida, incorporado a sistemas dispersos para a obtenção de microencapsulados. Duas principais técnicas, spray-drying e liofilização, foram utilizadas na secagem e obtenção desses microencapsulados (MPV) na forma sólida e de liberação controlada. Os MPV foram caracterizados através de ensaios físico-quimicos e microbiológicos. Os MPVs obtidos por spray-drying apresentaram problemas técnicos durante processo de secagem, resultando em altos teores de flavonóides o que não aconteceu com os MPVs que sofreram secagem por liofilização. Estudos reológicos mostraram que MPV A-SD, MPV C-SD, MPV C-LF e MPV D-LF podem ser utilizados em formas farmacêuticas sólidas, enquanto as demais, devido a pobre fluidez podem ser aplicadas em formas farmacêuticas/alimentícias dispersas. Os estudos de dissolução dos MPV A-SD e MPV B-SD apresentaram um modelo de liberação modificada, seguindo um perfil curvilinear, com liberação máxima de 38% em 12 horas de ensaio. Os microencapsulados apresentaram atividade para todos os microorganismos estudos, porém com diferenças na Concentração Inibitória Mínima e Concentração Bactericida Mínima. Bactérias gram-positivas foram mais susceptíveis que bactérias gram-negativas.

Palavra-chave: Própolis vermelha, spray-drying, liofilização, microencapsulados, atividade antimicrobina. 

Trabalho completo em pdf.