Validação de equações de regressão para predição da composição corporal em idosas
Autora: Dante Wanderley Lima de Oliveira
Data da defesa: 13/10/2011
Banca examinadora:
Prof. Dr. Amandio Aristides Rihan Geraldes – FANUT/UFAL - orientador
Prof. Dr. Haroldo da Silva Ferreira - FANUT/UFAL - examinador
Prof. Dr. Gilberto Kac - UFRJ - examinador
Resumo Geral:
A avaliação das alterações morfológicas, relacionadas à composição corporal (CC) da população idosa, é uma ferramenta imprescindível para a predição de várias situações de risco para a saúde. Medidas antropométricas, como a massa corporal, estatura, dobras cutâneas, circunferências, dentre outras, têm sido uma opção extremamente viável e crescentemente utilizada, visto que são válidas, práticas e menos custosas. Portanto, o objetivo deste estudo foi testar, em mulheres idosas, a validação cruzada de seis equações antropométricas desenvolvidas por autores estrangeiros e brasileiros e, caso tal validação não fosse possível, desenvolver e validar novos modelos de equações antropométricas capazes de predizer a CC da amostra utilizada. Para tal fim, utilizou-se uma amostra composta por 100 mulheres com idades iguais ou superiores a 60 anos, residentes no Município de Maceió/AL, freqüentadoras dos programas de atividades físicas de lazer, ofertados por instituições de terceira idade (ITI). Como medida critério, utilizou-se a Absortometria Radiológica de Dupla Energia (DXA). Para validação cruzada das equações foram utilizados os critérios propostos por Lohman. Tendo em vista que as seis equações testadas apresentaram diferenças estatísticas com o teste critério (DXA), nenhuma foi validada. Portanto, foram desenvolvidos novos modelos de equações, específicas para as idosas residentes na cidade de Maceió. Após a análise das correlações verificadas entre as variáveis, obtiveram-se oito modelos de equações possíveis. Todos os modelos foram testados, quanto a sua validade interna, entretanto, dois deles: Modelo E3: %Gdxa= - 41,556 + 4,041 (IMC) + 0,165 (DCCOX) – 0,440 (CIRCCOX) + 0,269 (CIRCQUAD) – 0,053 (IMC)² e Modelo E4: %Gdxa= 15,329 + 1,044 (IMC) -1,055 (CIRCABRA) + 0,282 (CIRCQUAD) + 0,164 (DCCOX) – 0,262 (CIRCCOX) apresentaram os melhores critérios de validação, sendo selecionados para utilização. Tais equações, utilizam como variáveis independentes, o IMC, a dobra cutânea de coxa e as circunferências: de quadril, coxa e antebraço, apresentando coeficientes de correlação moderados (r=0,73 para E3 e r=0,70 para E4), baixos erros constantes (E3= -0,56 e E4= -0,90) e erro total (E3=3,22 e E4=3,06) menor que o Erro Padrão de Estimativa (E3=3,24 e E4=3,21), não diferindo estatisticamente da média da DXA (p>0,05). Visto que, as seis equações testadas, propostas não foram validadas, foram desenvolvidas e validados internamente, os dois modelos propostos: E3 e E4. Tais modelos, também apresentaram um número pequeno de variáveis independentes, e cálculos fáceis de serem realizados. Desta forma as equações E3 e E4 são consideradas válidas para predição da composição corporal de idosas da região Nordeste do Brasil que apresentem características físicas semelhantes as da amostra deste estudo.
Palavras-chave: Equações de regressão, Composição corporal, idosos, DXA, Antropometria.