Efeito do enxágue bucal com carboidrato no desempenho de testes de curta e longa duração
Autor: Victor José Bastos da Silva
Data da defesa: 27/02/2015
Banca examinadora:
Prof. Dr. Gustavo Gomes de Araujo – FANUT/UFAL - orientador
Prof. Dr. Rômulo Cássio de Moraes Bertuzzi - USP - examinador
Profª Drª Claúdio Alexandre Gobatto - UNICAMP - examinador
Resumo Geral:
O objetivo desse estudo foi investigar a influência do enxágue bucal com CHO sobre o sinal eletromiográfico (EMG) e o tempo limite (TL) de homens submetidos a testes com carga fixa de curta (< 5 min.) e longa (> 60 min.) duração. A fim de testar essa hipótese, 13 sujeitos, em um modelo cross-over, contrabalanceado e duplo-cego, realizaram cinco visitas ao laboratório, separadas por um intervalo mínimo de 72 horas. Durante a primeira visita, os sujeitos passaram por uma avaliação antropométrica e realizaram um teste incremental máximo para mensurar o consumo máximo de oxigênio ( O2máx) e potência máxima (Wmáx) em um cicloergômetro. Nas visitas dois a cinco, os sujeitos realizaram um teste a 110% do Wmáx ou a 80% do segundo limiar ventilatório até a exaustão. Durante os testes, os indivíduos enxaguaram a boca por 10 segundos com 25 mL de 6,4% de altodextrina ou placebo (PLA). Cada solução foi administrada imediatamente antes e a cada 15 minutos do teste de longa duração e apenas imediatamente antes do teste de curta duração. Não houve diferenças significativas no teste de curta duração para o TL (CHO: 177,3 ± 42,2 s; PLA: 163,0 ± 26,7 s, p = 0,10). Entretanto, houve diferença significativa no teste de longa duração para o TL (CHO: 4596,9 ± 1186,1 s; PLA: 3925,0 ± 911,5 s; p = 0,01). Houve diferença também no RMS do musculo vasto lateral no 30º minuto (CHO: 10,5 ± 2,6; PLA: 7,7 ± 3,3; p = 0,04) e última aquisição antes da exaustão (CHO: 10,3 ± 2,5; PLA: 8,0 ± 2,9; p = 0,01) para a prova de longa duração. Já para a prova de curta duração houve diferença no RMS no tempo de 90-120 segundos para o musculo reto femoral (CHO: 8,0 ± 2,2; PLA: 9,7 ± 2,8; p = 0,02). Os resultados do presente estudo demonstram que o enxágue bucal com CHO é capaz de manter o EMG mesmo em fadiga e melhorar o TL em exercícios de longa duração, contudo tais benefícios não se replicam para o exercício de curta duração.
Palavras-chave: Sistema nervoso central, Eletromiografia, Desempenho Atlético, Bochecho.