Banca examinadora:

Prof. Dr. Geraldo Marcelo da Cunha

Prof. Dr. Ricardo Brandão de Oliveira

Profª Drª Risia Cristina Egito de Menezes

Prof. Dr. Jonas Augusto Cardoso da Silveira

Resumo geral:

O ganho de peso excessivo na infância é um agravo crescente e apresenta repercussões negativas no crescimento e desenvolvimento dos indivíduos, sendo também fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta. Diante da ocorrência de ambientes obesogênicos no domicílio e comunidade, torna-se necessário conhecer a influência desses espaços no estado nutricional das crianças. Na primeira parte desta dissertação, fez-se uma revisão da literatura contextualizando a relação entre o excesso de peso (EP) infantil e os ambientes construídos a partir da urbanização e das mudanças nos sistemas alimentares. Em seguida, como resultado de uma investigação epidemiológica original, elaborou-se um artigo científico que buscou analisar se as prevalências de excesso de peso em lactentes, pré-escolares e escolares apresentam relação espacial com o ambiente familiar (microambiente), comunitário (mesoambiente) e de desenvolvimento das cidades (macroambiente). Os resultados apontaram altas prevalências de excesso de peso nos pré-escolares e escolares, assim como sua aglomeração no litoral do Nordeste e nas regiões Sudeste e Sul. Também foram encontradas relações de proteção entre a prevalência de obesidade em mulheres e desenvolvimento sustentável e o EP nos pré-escolares. Já nos escolares, todos os determinantes apontaram no aumento nas prevalências de EP. Desta forma, ressaltamos que todos os ambientes frequentados pelas crianças devem ser promotores de hábitos de vida saudáveis, seja o ambiente familiar ou o ambiente construído, possibilitando o crescimento e desenvolvimento adequados.

Palavras-chave:  Vigilância alimentar e nutricional; Obesidade infantil; Ambiente construído; Objetivos do Desenvolvimento Sustentável; Geografia em saúde.

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