Consumo de alimentos preditores e protetores de risco cardiovascular por hipertensos do estado de Alagoas

Autora: Raphaela Costa Ferreira

Data da defesa: 23/02/2017

Banca examinadora:

Profª Drª Sandra Mary Lima Vasconcelos – FANUT/UFAL - orientadora

Profª Drª Risia Cristina Egito de Menezes - FANUT/UFAL - examinadora

Profª Drª Ligiana Pires Corona - UNICAMP - examinadora

Resumo Geral:

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um importante problema de saúde pública no Brasil, atingindo uma grande proporção da população adulta brasileira e seu controle está estreitamente relacionado com uma alimentação adequada. Diante desta perspectiva, torna-se importante conhecer os hábitos alimentares da população e para isso existem vários instrumentos, dentre eles, o questionário de frequência alimentar, que permite uma avaliação da ingestão alimentar referente a um período prolongado de tempo e identificar padrões de consumo alimentar. Dentre as possibilidades de avaliação dietética sob esta perspectiva, está o método dos escores que apresenta a vantagem de possibilitar análises estatísticas para avaliação da qualidade da dieta permitindo fazer associações com as variáveis explicativas relacionadas aos hábitos alimentares, bem como possibilita caracterizar o padrão alimentar dos grupos de interesse da pesquisa. Com base nisso, esta dissertação foi elaborada a partir de estudo que teve como objetivo avaliar o consumo de alimentos protetores e preditores de risco cardiovascular através do método dos escores adaptado para o novo guia alimentar para a população brasileira e verificar sua relação com fatores de risco cardiovasculares na população de hipertensos do estado de Alagoas. Para tal foi realizada uma revisão sistemática da literatura relativa a estudos que utilizaram o método dos escores proposto por Fornés et al. para avaliar o consumo alimentar e discutir o método na perspectiva de avaliação do padrão alimentar. Através desta pesquisa, foi possível observar que o consumo alimentar dos hipertensos de Alagoas foi maior no grupo dos alimentos in natura/minimamente processados, o consumo de produtos alimentícios ultraprocessados/maiores preditores de risco cardiovascular foi mais elevado entre os indivíduos sedentários. Observou-se correlação positiva entre o escore de consumo do grupo de produtos alimentícios processados com os níveis de colesterol elevado e correlação negativa com a idade. O consumo do grupo dos ultraprocessados se correlacionou positivamente com o sedentarismo. Uma parcela importante da população estudada destaca-se por apresentar vários fatores de risco para doenças cardiovasculares. A correlação entre o consumo de processados/ultraprocessados com sedentarismo e idade permite concluir que constitui um efeito sinérgico negativo de risco cardiovascular e, deste consumo com níveis séricos de colesterol elevado permite inferir uma possível relação causa-efeito.

Palavras-chave: Consumo de alimentos; escore; hipertensão.

Trabalho completo em pdf.