Avaliação do impacto de atividades de educação alimentar e nutricional como estímulo ao desenvolvimento infantil em crianças de comunidades em vulnerabilidade social

Autora: Larissa Silva de Albuquerque

Data:  29/06/2021

Banca examinadora:

  • Profª Drª Telma Maria de Menezes Toledo Florêncio - presidente
  • Profª Drª Revilane Parente de Alencar Britto - examinadora externa
  • Profª Drª Monica Lopes de Assunção - examinadora interna

Resumo geral:

A primeira infância é um período importante na aquisição e recuperação de capacidades complexas para o desenvolvimento do potencial total da criança, devido a grande plasticidade cerebral. Pensando nessa fase, o presente estudo testou a hipótese de que ensinar mães atividades de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) baseadas na metodologia dos Cuidados para o Desenvolvimento das Crianças (CDC) e na Alimentação Responsiva, no momento da alimentação da criança, seria uma boa estratégia para estimular o desenvolvimento e proporcionaria melhor resultado no teste de Triagem do Desenvolvimento Denver II (TTDDII). A partir de um ensaio clínico aleatório foram analisados 85 binômios mãe/filho, selecionados após avaliação antropométrica do estado nutricional e teste de anemia (HemoCue®) das crianças e divididos em grupo controle (GC) e grupo intervenção (GI). O TTDDII foi o processo de checagem metodológica escolhido para o acompanhamento do desenvolvimento infantil e indentificação do risco de atrasos, no início e após 6 meses de intervenções. As mães dos dois grupos receberam instruções de como ensinar atividades de Educação Alimentar e Nutricional a seus filhos, apenas o grupo intervenção recebeu visista domiciliar quinzenal para observação do momento de interação. Faltando 3 meses para conclusão da pesquisa, as visitas presenciais foram suspensas por conta do isolamento social obrigatório fundamentado por Decreto para combate a pandemia do Covid 19. Desta forma, a intervenção passou a ser feita de forma virtual e a avaliação final foi adiada. A pandemia causou uma perda de 45,5% do número de binômios mãe/filho no grupo controle e 46,3% no grupo intervenção. O dado que mais se mostrou discrepante foi o fato de que mães tabagistas e etilistas (P< 0,01) desistiram numa proporção significativamente maior que as que permaneceram até o final da pesquisa, dando indícios de que esses hábitos talvez prejudiquem o cuidado com a criança. No final da pesquisa a prevalência de suspeitos de atraso no grupo controle foi 45,8% e 27,3% no grupo intervenção (P=0,19), na regressão logística
que incluiu o diagnóstico inicial de Denver como covariável o resultado permaneceu sem significância estatística (P=0,21). A pandemia em 2020 prejudicou o desenvolvimento da pesquisa e a perda da amostra diminui as chances de ter significância estatística. 

Palavras-chave: Primeira Infância. Educação Alimentar e Nutricional. Desenvolvimento Infantil. Vulnerabilidade Social.

Trabalho completo indisponível.