Associação entre concentrações séricas de 25-hidroxivitamina D, cálcio, densidade mineral óssea e risco cardiovascular em idosos

Autor: Marcos Vicente Pinheiro Amorim

Data da defesa: 29/03/2017

Banca Examinadora:

Orientadora: Profª Drª Sandra Mary Lima Vasconcelos

Coorientador: Prof. Dr. João Araújo Barros Neto

Examinadora: Profª Drª Glaucevane da Silva Guedes

Examinadora: Profª Drª Telma Maria Toledo de Menezes Florêncio

Resumo:

Introdução: A deficiência da vitamina D parece predispor ao desenvolvimento de algumas doenças crônicas, especialmente a doenças osteometabólicas e outras comumente reconhecidas como importantes fatores de risco cardiovasculares no idoso. Desta forma, o objetivo desse estudo é identificar, por meio de uma revisão narrativa e um estudo de pesquisa original, a associação entre níveis séricos de vitamina D, cálcio e densidade mineral óssea com risco cardiovascular de idosos. Método: A revisão narrativa foi construída a partir de artigos encontrados em 5 bases de dados eletrônicas, sem restrição de tempo para publicação. Além disto foi utilizado palavras-chave e quando necessário estas foram adaptadas para a base de dados. O estudo original foi desenvolvido como estudo transversal e a amostra foi composta por 60 idosas, onde foram coletadas variáveis étnico-raciais, sociodemográficas,  história pessoal e social, estilo de vida, além da aferição de pressão arterial, peso e altura para cálculo do IMC, circunferência de cintura e avaliação da densidade mineral óssea através da absorciometria de raios X de dupla energia (DEXA). Foram avaliados níveis séricos de 25(OH)D, cálcio, paratormônio (PTH), Proteína-C-reativa (PCR), perfil lipídico e glicemia de jejum. O risco para eventos cardiovasculares nos próximos 10 anos foi avaliado por meio do Escore de Risco de Global (ERG). Resultados: A média da idade foi de 65,67 anos. Observou-se que 60,0% dos indivíduos apresentam risco intermediário/alto para eventos cardiovasculares nos próximos 10 anos. Identificou-se ainda que 52,6% das idosas apresentavam doença óssea (osteoporose/osteopenia). A insuficiência de 25(OH)D apresentou associação com maiores níveis séricos de glicemia, pressão arterial sistólica e maior pontuação no ERG. Não foi observado associação entre variáveis de risco cardiovascular e osteoporose, entretanto foi observado uma diferença nas concentrações de marcadores do metabolismo ósseo (PTH e cálcio) com a classificação do risco cardiovascular. Observou-se ainda diferenças significantes entre a classificação de ERG e concentrações séricas de 25(OH)D (p = 0,005), cálcio (p = 0,021) e PTH (p = 0,016), além disso, a análise de regressão logística Identificou que as concentrações séricas de vitamina D associou-se com o risco intermediário/alto para eventos cardiovasculares. Conclusão: As baixas concentrações de 25(OH)D e cálcio em idosas parece contribuir negativamente para aumentar o risco para o desenvolvimento de eventos cardiovasculares e favorecer o comprometimento da densidade óssea. 

Palavras-chave: Vitamina D, Osteoporose, Doença Cardiovascular, Envelhecimento.

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