Vitamina D: estado nutricional em pacientes com diabetes tipo 1 em localidade ensolarada – latitude 09°37’57''
Autor: Edson Perrotti Santos
Data da defesa: 29/05/2013
Banca examinadora:
Profª Drª Suzana Lima de Oliveira – FANUT/UFAL - orientadora
Profª Drª Terezinha da Rocha Ataíde - FANUT/UFAL - examinadora
Prof. Dr. Cláudio Fernando Rodrigues Soriano - UNCISAL - examinador
Resumo Geral:
Desde o primeiro momento histórico em que foi percebido até hoje, demonstrou-se que não existe cura para o Diabetes Mellitus (DM), mas sim controle dos seus efeitos deletérios. O avanço registrado para reduzir as consequências dessa enfermidade tem sido muito amplo, particularmente na segunda metade do século XX, quando se diferenciaram os vários tipos de DM, dentre eles o tipo 1 do tipo 2. Esse traço de fatalismo a respeito da cura que tem o DM impulsionou muitas pesquisas a serem realizadas, focando-se nos últimos anos em fatores que anteriormente eram insuspeitos, dentre eles destacando-se os ambientais, visto que diversos estudos indicaram uma possível conexão entre o DM1 e a vitamina D, em razão do papel desta na ativação de genes implicados nas mais diversas funções biológicas. Consequentemente, se avançou na interpretação sobre o papel da radiação UV no processo metabólico dessa vitamina pois o indivíduo precisa receber luz solar direta na pele para que ocorra a sua síntese. Desta forma, começou a ser investigado o eixo da radiação solar UV em diversas latitudes do planeta e DM1, sendo que a ampla maioria das pesquisas buscou correlacionar incidência de DM1 e latitude e em localidades com menor incidência de raios UV, mais afastadas da linha do equador. Somente três estudos se focaram na relação DM1 e vitamina D em regiões ensolaradas. Este estudo objetivou investigar a relação entre níveis séricos de vitamina D (decorrentes do estado nutricional em vitamina D e exposição ao sol) e controle do DM1, em portadores desta patologia, residentes na cidade de Maceió (Alagoas). Testou-se a hipótese de que o estado nutricional suficiente em vitamina D está associado com melhor controle do DM1. Metodologicamente se procedeu em duas dimensões, sendo a primeira delas uma revisão de literatura que permitiu apresentar os fundamentos teóricos do tema escolhido; na segunda, no artigo original se apresentam os resultados da investigação de 19 portadores de DM1, residentes na cidade de Maceió (região ensolarada, latitude 9°37’57’’S), com idade ≤ 14 anos, para verificar se existe uma relação entre o controle do DM1 e estado nutricional suficiente de vitamina D. Não foi possível confirmar a hipótese. Conclui-se que novos estudos devem considerar mudanças metodológicas no instrumento de pesquisa, no tipo de estudo e no papel das próprias crianças na coleta de dados.
Palavras-chave: Diabetes Mellitus tipo 1, Irradiação UVB, Vitamina D.