Efeitos da suplementação com vitamina D sobre a força muscular, o equilíbrio e o desempenho funcional de idosas

Autora: Maria Valéria de Carvalho Wanderley

Data da defesa: 26/07/2013

Banca examinadora:

Prof. Dr. Amandio Aristides Rihan Geraldes – FANUT/UFAL - orientador

Profª Drª Terezinha da Rocha Ataíde - FANUT/UFAL - examinadora

Prof. Dr. Euclides Maurício Trindade Filho - UNCISAL - examinador

Resumo Geral:

Muito se tem estudado sobre a vitamina D nos últimos anos, e as descobertas mais recentes indicam que além de participar do metabolismo ósseo, efeito já bem estabelecido, a vitamina D está relacionada direta ou indiretamente com outras funções orgânicas. Neste contexto são crescentes as evidências da existência de receptores de vitamina D em vários tecidos extraesqueléticos como o endócrino, imunológico, cardiocirculatório, muscular, entre outros. No que se refere às funções musculares, embora ainda longe de consensual, vários estudos têm demonstrado que dentre os idosos, baixos níveis de vitamina D associam-se de maneira importante com fraqueza muscular, piora do desempenho funcional, aumentando o risco de quedas e fraturas e consequentemente influenciando sobremaneira a independência funcional e a qualidade de vida dessa população. Evidências demonstram uma alta prevalência de insuficiência e deficiência em vitamina D principalmente na população idosa, que além da exposição solar diminuída, apresenta outros fatores que contribuem para aumentar o risco de hipovitaminose D. Diante do fato de que dentre as possíveis variáveis relacionadas aos níveis de vitamina D, o tempo de exposição ao sol é uma das principais, ao contrário do que se poderia imaginar, no Brasil, onde em determinadas regiões como a Nordeste, por exemplo, o sol brilha durante todo o ano, as escassas pesquisas realizadas com o objetivo de investigar os níveis de vitamina D sugerem que a ocorrência de hipovitaminose D também parece significativa. Visando contribuir para fato tão relevante esta dissertação é composta de um capítulo de revisão sobre vitamina D, relacionada aos componentes da aptidão física, e de um artigo de resultados que observou através de um ensaio clínico experimental com idosas de três grupos amostrais, com diferentes níveis de atividade física: idosas institucionalizadas, idosas socialmente ativas e idosas fisicamente ativas, insuficientes e deficientes em vitamina D, que foram suplementadas com vitamina D por oito semanas, e os efeitos dessa suplementação sobre força muscular, equilíbrio e desempenho funcional. Os níveis de vitamina D após a suplementação melhoraram significativamente nos três grupos estudados, entretanto apenas as variáveis FPM e TUGT se correlacionaram com essa melhora. O desempenho funcional melhorou relativamente em variáveis isoladas nos grupos socialmente ativas e fisicamente ativas, e o equilíbrio melhorou nas idosas institucionalizadas.

Palavras-chave: Colecalciferol; Deficiência de vitamina D; Ergocalciferol; Idoso fragilizado; Músculo esquelético.

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