Aspectos sócio-demográficos e clínico-nutricionais em portadores de diabetes mellitus tipo 2 com microalbuminúria
Autora: Marcilene Carmem da Silva Lesnau
Data da defesa: 16/03/2010
Banca examinadora:
Profª Drª Ana Rosa Almeida Alves – FANUT/UFAL - orientadora
Profª Drª Adriana Ximenes Da Silva - UFAL - examinadora
Profª Drª Sandra Mary Vasconcelos - UFAL - examinadora
Resumo Geral:
Introdução e objetivos: A microalbuminúria (MA) é caracterizada pela elevação da excreção urinária de albumina em níveis inferiores aos característicos de proteinúria. Não é detectada pelos exames rotineiros, porém existem evidências do prognóstico entre a ocorrência de MA e o desenvolvimento/evolução de complicações vasculares no DM. Nesse sentido, objetivou-se determinar o perfil sócio-demográfico, clínico-nutricional e o perfil glicêmico de indivíduos com DM2, fatores estes que são contributos no desenvolvimento de complicações no DM2 em indivíduos com e sem MA. Métodos: 49 participantes com DM2, idade superior a 20 anos, ausentes de complicações micro, macrovasculares e proteinúria foram distribuídos em dois subgrupos: normoalbuminúria, os quais representavam 71,4% (grupo NMA) e 28,5%, microalbuminúricos (grupo MA). Foram coletadas as variáveis sócio-demográficas: faixa etária, gênero e renda familiar; dados clínico-nutricionais tais como: IMC (OMS, 1995); Circunferência da Cintura –CC-; os fatores de risco: adiposidade abdominal –AA-, etilismo, tabagismo e sedentarismo; e comorbidades: hipertensão –HAS e dislipidemias. O perfil glicêmico (PG) foi determinado a partir da análise dos três parâmetros: glicemia de jejum (GJ), glicemia pós-prandial (GPP) e hemoglobina glicada (HG). Resultados: Os participantes apresentaram predominância do gênero feminino, baixa renda e em risco para a obesidade. A maioria é hipertensa, tem dislipidemias e não tem acesso a terapia nutricional específica. Apresentaram um perfil glicêmico inadequado com valores acima das metas terapêuticas. Dentre os diabéticos microalbuminúricos (MA), apenas 7,7% apresentou valores entre quatro e seis por cento, a maioria dos microalbuminúricos (92,3%) também apresentou valores elevados para A1c, com valor mínimo de 5,6% e valor máximo de 12,1%. O valor médio encontrado foi de 8,3±1,98%. Comparando-se os grupos observa-se que não houve diferença estatística significativa (p=0,354), contudo o risco estimado (odds ratio) para a ocorrência de microalbuminúria (MA) mostrou-se relevante quanto maiores os valores de A1c (OR=2,769). Conclusões: Os achados predispõem os participantes às doenças cardiovasculares e evidencia o difícil controle do diabetes e de suas complicações, incluindo-se o agravamento da microalbuminúria já presente.
Palavras-chave: diabetes tipo 2; microalbuminúria.