Prevalência e fatores associados ao índice de massa corporal de crianças

Autora: Jaqueline Fernandes Gomes

Data da defesa: 15/02/2016

Banca examinadora:

Profª Drª  Risia Cristina Egito de Menezes–FANUT/UFAL - orientadora

Profª Drª Giovana Longo Silva- FANUT/UFAL - examinadora

Prof. Dr.  Jonas Augusto Cardoso da Silveira- FANUT/UFAL - examinador

Resumo Geral:

O excesso de peso em crianças, figura-se atualmente, como importante problema de saúde pública mundial, gerando impacto negativo em curto ou longo prazo na saúde e qualidade de vida desta população. A identificação da magnitude do excesso de peso em crianças e os principais fatores associados a ele, torna-se necessária, uma vez que, conhecer o problema é imprescindível para desenvolvimento de medidas de intervenção voltadas à prevenção e controle deste agravo nutricional. Para tanto, foram elaborados um capítulo de revisão da literatura e um artigo de resultados. O capítulo de revisão aborda as prevalências e os principais fatores associados ao excesso de peso em crianças, assim como, o impacto deste problema na saúde das mesmas e as estratégias políticas de enfrentamento adotadas atualmente pelo governo brasileiro para prevenção e controle deste agravo, além de experiências de enfrentamento do excesso de peso em alguns outros países. O artigo de resultados teve por objetivo, identificar a prevalência do excesso de peso e fatores associados em crianças de Centros de Educação Infantil (CEIs) em Maceió, Alagoas. Para isso realizou-se um estudo transversal com 355 crianças de 17 a 63 meses, avaliadas de março a julho de 2014. O estado nutricional foi classificado por meio dos índices Estatura/Idade, Peso/Idade, Peso/Estatura e Índice de Massa Corporal/Idade. Para identificar os fatores associados utilizou-se análise bivariada, assumindo excesso de peso (>2 escore Z) como variável dependente. Foi realizada regressão linear, utilizando-se o método enter. Análises bruta e ajustada para confundimento foram calculadas para cada variável de exposição inseridas no modelo. A prevalência de excesso de peso foi de 7,6%. Maiores médias de escores Z, referentes ao Índice de Massa Corporal/Idade, foram observadas entre crianças pertencentes a famílias com melhores condições socioeconômicas: maior renda familiar, possuir geladeira e morar com menos de 3 irmãos. Também se observou maiores médias entre as crianças com < 48 meses, peso ao nascer ≥ 2500g e que referiram uso de mamadeira. No modelo final permaneceram como fatores associados ao agravo, coleta de lixo <2 vezes/semana e peso ao nascer ≥2500g. Conclui-se que, as prevalências do excesso de peso superam as de desnutrição entre pré-escolares, assemelhando-se às médias nacionais, o que o configura como importante problema de saúde pública nesta população. Conclui-se ainda que, o excesso de peso acometeu a população estudada em diversas variáveis analisadas, atingindo em especial, crianças de famílias com acesso precário a coleta de lixo e com peso ao nascer ≥ 2500g. Diante disso, faz-se necessário maior investimento em programas e políticas públicas de saúde, assim como ações de vigilância e educação alimentar e nutricional e adoção de medidas de intervenção voltadas para família, especialmente àquelas relacionadas à comunidade escolar.

Palavras-chave: Estado nutricional. Sobrepeso. Obesidade. Criança. Centro de Educação Infantil.

Trabalho completo em pdf.