Data da defesa: 30/04/2009

Banca examinadora:

Prof. Dr. Haroldo Da Silva Ferreira – FANUT/UFAL - orientador

Prof. Dr. Josemberg Marins Campos - UFPE - examinador

Profª Drª Telma Maria de Menezes Toledo Florêncio - FANUT/UFAL - examinadora

Resumo Geral:

Introdução: O critério para indicação de tratamento cirúrgico da obesidade inclui IMC _ 40 kg/m² ou acima de 35 kg/m² com comorbidades. Pressupõe-se, assim, que quanto maior o grau de obesidade, maiores seriam os benefícios decorrentes dessa intervenção.

Objetivo: Investigar a eficácia da cirurgia bariátrica sobre o perfil de saúde de mulheres, segundo diferentes graus de obesidade.

Métodos: Foram avaliadas 135 mulheres cadastradas no Programa de Cirurgia Bariátrica do Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas, ategorizadas em três grupos (n=45) segundo tercis de IMC (kg/m²) pré-operatório (Grupo 1: 37,5 a 44,1; Grupo 2: 44,2 a 48,3; e Grupo 3: 48,6 a 62,9). A análise das variáveis de interesse foi realizada em T1 (préoperatório) e T2 (12 a 24 meses pós cirurgia). Usou-se teste t para amostras pareadas (intragrupo em T1 vs. T2) e ANOVA (intergrupo em cada tempo). Para variáveis não paramétricas utilizou-se, respectivamente, os testes de Wilcoxon e Kruskal Wallis.

Resultados: Na amostra total, todas as variáveis alteraram-se (p<0,05) entre T1 e T2: massa corporal (kg): 120,9±16,5 para 75,0±13,4; IMC (kg/m²): 47,0±5,0 para 29,2±4,3; cintura (cm): 127,1±11,2 para 90,4±10,2; glicemia (mg/dL): 99,6±34,6 para 78,2±8,6; triglicerídeos (mg/dL): 155,1±65,8 para 78,5±34,5; colesterol (mg/dL): 198,6±40,3 para 160,8±30,2; HDL (mg/dL): 42,9±13,2 para 49,6±9,3; e LDL (mg/dL): 129,3±45,3 para 93,6±29,4. Todavia, proporcionalmente, as alterações foram semelhantes entre os grupos (p_0,05). A perda ponderal média nos Grupos correspondeu, respectivamente, a 36,7%, 39,0% e 38,4%. Os valores de glicemia normalizaram-se em todos os pacientes. Em T2 a hipertensão foi

controlada em 91,8% dos casos, o diabetes em 95,7% e a dislipidemia em 41,5%. Houve em T2 redução de 57,1% no uso de medicamentos. Observaram-se diferenças significativas nas variáveis analisadas em cada grupo entre T1 e T2, porém, entre os grupos, não foram observadas diferenças significativas (p_0,05).

Conclusão: A cirurgia bariátrica foi eficaz na elevação do nível de saúde dos pacientes, independentemente do nível de IMC inicial.

Palavras-chave: Obesidade mórbida, Cirurgia bariátrica, Índice de massa corporal, comorbidades.

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