Estudo do perfil metabólico e consumo de energia, macronutrientes e fibras de uma população de hipertensos da zona da mata alagoana

Autora: Maria Cristina da Rocha Mendes

Data da defesa: 12/12/2011

Banca examinadora:

Profª Drª Sandra Mary Lima Vasconcelos – FANUT/UFAL - orientadora

Profª Drª Terezinha da Rocha Ataíde - FANUT/UFAL - examinadora

Profª Drª Denise Maria Pinheiro - UNCISAL - examinadora

Resumo Geral:

A dissertação foi composta por um capítulo de revisão da literatura e um artigo de resultados. O capítulo de revisão da literatura aborda a relação entre os macronutrientes e fibras e a hipertensão arterial sistêmica e foi elaborado a partir de livros e dissertações bem como a partir de artigos publicados em revistas científicas, utilizando a base de dados Scielo e Lilacs. Logo após, está apresentado o artigo “Ingestão de energia, macronutrientes e fibras e sua associação com o perfil metabólico de uma população de hipertensos da Zona da Mata Alagoana, Brasil”, que descreve o perfil metabólico e o consumo alimentar de energia, macronutrientes e fibras de uma população de hipertensos da Zona da Mata Alagoana, bem como verifica a associação entre eles. Trata-se de um estudo transversal realizado com uma amostra de 288 hipertensos cadastrados no Sistema HIPERDIA/MS. Foram avaliados dados demográficos, de estilo de vida, antropométricos, bioquímicos e de consumo alimentar. Para a análise do consumo alimentar foram utilizadas como referência as Dietary Reference Intakes. Foram utilizados os testes de Kolmogorov Smirnov, qui-quadrado e correlação de Pearson, adotando-se como significativo p≤0,05. A alimentação tem importância e influência no contole dos fatores de risco cardiovasculares, como dislipidemias, obesidade e hipertensão arterial. A relação entre enfermidades e as características qualitativas e quantitativas da dieta tem sido evidenciada por vários estudos. Alguns estudos indicam uma relação inversa entre o consumo de proteínas e a pressão arterial, outros mostram que a proteína vegetal está associada à redução da mesma. A ingestão adequada de gorduras diminui a incidência de doenças coronarianas, trombose, arritmias e distúrbios inflamatórios. Uma dieta equilibrada e saudável, com aumento de gorduras insaturadas e diminuição de gorduras saturadas é benéfica para a prevenção e o controle da hipertensão arterial sistêmica. Em relação aos carboidratos dietéticos, não existem evidências de que a sua quantidade afete diretamente a pressão arterial. As fibras dietéticas trazem benefícios aos portadores de doenças cardiovasculares, como diminuição das concentrações de LDL, melhora a tolerância à glicose e controle do diabetes tipo 2. O aumento da fibra dietética provoca diminuição da pressão arterial sistólica e diastólica, principalmente em adultos e em hipertensos. No presente estudo observou-se uma ingestão energética excessiva, uma freqüência elevada de adiposidade abdominal e de colesterol e uma associação positiva entre baixa ingestão de fibras no sexo feminino > 50 anos e sedentarismo, colesterol elevado, LDL elevado e HDL baixo. Conclui-se que a adoção de um estilo de vida saudável, com redução do peso corporal, redução dietética de sódio, atividade física, moderação no consumo de bebidas alcoólicas e adoção do plano alimentar DASH, rico em frutas, vegetais, oleaginosas, grãos e fibras, composto por produtos com baixa quantidade de gordura (peixe, frango, carnes magras e produtos lácteos desnatados) para reduzir o consumo de gordura saturada e colesterol e aumentar o consumo de proteína e cálcio, e uma oferta de macronutrientes adequada, com diminuição da gordura total e saturada e aumento da relação poliinsaturada/saturada, é um fator primordial na prevenção da hipertensão, indispensável no tratamento dos hipertensos.

Palavras-chave: Hipertensão, consumo alimentar, perfil metabólico.

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