Consumo de minerais associados a risco cardiovascular em população de mulheres de comunidades carentes de Maceió/AL

Autora: Priscilla Maria Bernardo da Silva

Data da defesa: 5/5/2015

Banca examinadora:

Profª Drª Telma Maria de Menezes Toledo Florêncio – FANUT/UFAL - orientadora

Profª Drª Sandra Mary Lima Vasconcelos - UFAL - examinadora

Profª Drª Ingrid Sofia Vieira de Melo - IFAL - examinadora

Resumo Geral:

Introdução – Os hábitos alimentares são um dos pilares da qualidade de vida e da saúde das populações. Desde que a avaliação do consumo alimentar é de fundamental importância para o desenvolvimento de políticas públicas que combatam as doenças crônicas não transmissíveis e as carências nutricionais. Desta forma o objetivo deste trabalho é calcular a composição quantitativa e a densidade nutricional de sais minerais que possuem relação com risco cardiovascular da dieta habitual, em população de mulheres moradoras de favelas de Maceió-Alagoas. Métodos –Estudo do tipo transversal com amostra composta por 67 mulheres com faixa etária entre 19 e 45 anos. Através de um questionário padronizado foram coletados os dados socioeconômicos e demográficos. Foram coletadas medidas antropométricas (peso, altura, circunferência da cintura, circunferência do quadril), bioimpedância elétrica, consumo alimentar (Recordatório 24 horas –R24h e Questionário de Frequência Alimentar - QFA). Os dados foram digitados no “Epi-info”. A análise estatística foi procedida com auxílio do “SPSS”. A normalidade foi observada através teste de Liliefors e a homogeneidade pelo teste de Levene. A inferência estatística realizada foi de acordo com o comportamento dos dados, considerando as diferenças ou associações como estatisticamente significativas quando p˂0,05. Resultados - Em relação aos dados socioeconômicos, verificou-se que a maioria das mulheres (83,3%) eram donas de casa e a maioria tinha renda familiar mensal entre ½ e 1 salário mínimo e 76,2% eram sedentárias. Em relação ao estado nutricional, 72% das mulheres estavam com sobrepeso e obesidade e 60% tinham circunferência da cintura maior 0,80 cm. Os dados referentes ao consumo mostraram que dentre os minerais estudados apenas o consumo de zinco e sódio atingiram a recomendação, estando com o percentual de adequação de 131,17 e 107,02, respectivamente. Conclusões - Os resultados do presente estudo demonstram uma elevada prevalência de excesso de peso nessa população, o que por si só já é um fator de risco independente para a ocorrência de doença cardiovascular, além do baixo consumo de minerais com função protetora para tal, sendo necessário, portanto, conhecer melhor os hábitos alimentares da mesma, para que medidas de tratamento venham a ser desenvolvidas.

Palavras-chave: Hábitos alimentares, estado nutricional, consumo alimentar, micronutrientes, risco cardiovascular.

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