Diferentes níveis de desidratação e seu impacto na amonemia e desempenho cognitivo-motor no calor

Autora: Natally Monteiro de Oliveira

Data da defesa: 3/3/2017

Banca examinadora:

Prof. Dr. Eduardo Seixas Prado – FANUT/UFAL - orientador

Prof. Dr. Gustavo Gomes de Araujo - FANUT/UFAL - examinador

Prof. Dr. Pedro Balikian Júnior - CEDU/UFAL - examinador

Resumo Geral:

Objetivo: Influências da desidratação sobre a amonemia e distúrbios cerebrais durante o exercício no calor não são claras. Portanto, o objetivo deste estudo é investigar diferentes níveis de desidratação e seu impacto sobre a amônia sanguínea e o desempenho cognitivo-motor no calor.

    Métodos: dezesseis corredores realizaram uma meia maratona (21 km) e, ao final, foram divididos em dois grupos: diferença percentual da massa corporal (Δ% MC) menor que 1% (G1%) e Δ% MC maior que 3% (G3%). Antes e após a corrida foram realizadas coletas e análises de sangue, avaliação do desempenho cognitivo-motor e do estado de hidratação, do estresse térmico ambiental e das mudanças na temperatura corporal.

    Resultados: A Δ% MC foi maior em G3% (-3,85 ± 0,28) do que G1% (-0,40 ± 0,53) (P <0,001). O equivalente da temperatura retal aumentou apenas em G3% (P = 0,037). Aumentaram em G1% e G3% amônia (P <0,001, P = 0,002), ureia (P = 0,046, P = 0,011) e lactato (P = 0,007, P = 0,004). As enzimas biomarcadoras de lesão muscular também aumentaram significativamente em ambos os grupos. Apenas a lactato desidrogenase (LDH) foi maior em G3% do que G1% (P = 0,010). O desempenho cognitivo-motor não apresentou diferença entre os grupos.

    Conclusão: O exercício no calor, com desidratação de até ~ 4% da Δ% MC, exacerba a amonemia de forma similar aos níveis mais baixos de desidratação, sem prejuízo no desempenho cognitivo-motor.

Palavras-chave: metabolismo, água, exercício no calor, cérebro.

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