Livro retrata a vida dos ostreicultores de Alagoas
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O livro reportagem “Entre uma ostra e outra: histórias de vida dos ostreicultores de Alagoas”, escrito pela jornalista Naara Normande, é publicado pela EDUFAL e será lançado no dia 09 de outubro, no Espaço Cultural Linda Mascarenhas, às 20 hs. Em um relato envolvente, os desafios enfrentados pelos ostreicultores são descritos pela jornalista a partir dos depoimentos de homens e mulheres que cultivam ostras como alternativa de renda nos municípios de Barra de São Miguel, (Palatéia), Coruripe, Passo de Camargibe e Maceió (Ipioca). Jornalista formada pela Universidade Federal de Alagoas, e Mestranda em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia, Naara explica que o livro resultou da monografia apresentada ao Curso de Especialização em Comunicação da Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo, no ano de 2011. A temática surgiu pelo interesse de retratar histórias de Alagoas para outros espaços. Nosso estado é conhecido nacionalmente pela beleza dos mares e lagoas, então a temática deveria trazer elementos ainda pouco trabalhados nesses ambientes. Surgiu a idéia de “dar voz a homens e mulheres que vivem do cultivo de ostras, um produto que envolve aspectos sociais bastante distintos”. As ostras representam um glamour na gastronomia, mas poucos conhecem as condições de vida e de trabalho de quem as produz no estado.Proposta como uma alternativa de renda para as comunidades, a ostreicultura se destaca pelo estímulo à preservação do meio ambiente, com a substituição do modelo extrativista de retirada de moluscos diretamente dos manguezais para o cultivo em mesas. “Mais do que limpar, vigiar e acompanhar o crescimento das ostras, esses produtores vêm aprendendo a conviver entre si para alcançar os objetivos comuns em busca de uma melhor qualidade de vida”. Algumas instituições governamentais e não governamentais vêm apoiando o desenvolvimento dessa atividade em Alagoas, como o SEBRAE, UFAL, Agência Espanhola de Cooperação Internacional, entre outras. Entretanto, a jornalista ressalta que, “além de qualquer ação técnica, a ostreicultura somente poderá ser consolidada no estado se esses homens e mulheres tiverem acesso a necessidade universais como saneamento básico e água tratada, e um mercado que valorize àquele que produz”. A impressão dos livros teve apoio financeiro do SEBRAE/AL e a EDUFAL teve um papel importante na revisão do material. Exemplares estão sendo distribuídos para as associações dos ostreicultores dos diversos municipios, com dedicatória especial da jornalista àqueles que “compartilharam suas lamentações, conquistas e sonhos”.