Professores e pesquisadores da saúde discutem desafios da pós-graduação
O 6º Encontro Nacional de Pós-graduação na Área da Saúde é realizado pela primeira vez no Estado de Alagoas
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Manuella Soares - jornalista
A internacionalização dos cursos de pós-graduação da área de saúde é o foco da 6ª edição do Encontro Nacional de Pós-graduação na Área da Saúde, promovido pela Universidade Federal de Alagoas, pela primeira vez em Maceió. Coordenadores e professores de todo o Brasil se reuniram para discutir as dificuldades e os desafios enfrentados pelas instituições de ensino que pretendem fortalecer os programas de pós-graduação em saúde.
De acordo com o presidente da comissão organizadora, professor Adriano Lima Silva, da Faculdade de Nutrição (Fanut/Ufal), o país ainda esbarra no critério mais básico da competitividade no exterior: a fluência em outro idioma. “Hoje temos mais dinheiro do que capacidade de usar. Programas como o Ciência sem Fronteiras sobram vagas porque não tem estudantes para atender a todos os critérios, especialmente a língua”.
O professor falou ainda sobre a situação da Ufal que busca espaço para exportar conhecimentos. “A Ufal está passando por uma transformação de tentar atender só às questões regionais e ganhar destaque no cenário internacional”, disse.
Na programação do evento, conferências ministradas por representantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Supeior (Capes); da Fundação de Amparo a Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj); e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), deram oportunidade de trocar experiências e pontuar os casos específicos em várias instituições do país.
Durante a conferência na manhã da última terça-feira (13), no Hotel Hadisson, o assessor da Faperj, Egberto Gaspar, que falou sobre os investimentos em bolsas e auxílios para os projetos desenvolvidos nos cursos de pós-graduação. Mas ressaltou a importância empresarial na garantia do custeio das pesquisas. “Nós só teremos grandes êxitos quando as empresas privadas investirem pesado nas ciências e tecnologias, porque para desenvolver produtos realmente inovadores é preciso dinheiro”, concluiu.