Nutricionistas orientam sobre consumo de alimentos sem gordura trans


21/07/2010 17h13 - Atualizado em 23/09/2014 às 14h22
Professoras Laudilse e Manuela

Professoras Laudilse e Manuela

 

Lenilda Luna - jornalista

 

A gordura trans está presente na maioria dos alimentos industrializados e prontos para o consumo. Um dos males da vida moderna é justamente o consumo desse tipo de gordura, a qual é responsável pelo aumento do colesterol ruim, aquele que pode causar entupimento das artérias e redução do bom colesterol.

 

Para criar alternativas de alimentação sem gordura trans, a área de Administração de Unidade de Alimentação e Nutrição da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Alagoas (Fanut/Ufal) vai realizar, a partir deste mês de junho, um projeto de extensão com o objetivo de desenvolver preparações saudáveis isentas de gorduras trans, visando à promoção da saúde da população atendida em Unidades Básicas de Saúde do Distrito Sanitário de Maceió.

 

“No primeiro momento serão selecionadas as mulheres diabéticas e hipertensas participantes do projeto "Feijão com arroz", que já é realizado pela Fanut, coordenado pela professora Sandra Mary”, explica a professora Manuela Mika, coordenadora do projeto Zero trans. “Vamos fazer um levantamento dos alimentos contendo gordura trans que são mais consumidos por esses indivíduos”, explica Manuela.

 

A partir do levantamento, os integrantes do projeto vão propor pratos alternativos, sem gordura trans, para serem preparadas em oficinas no Laboratório de Técnica Dietética. “Serão promovidas palestras para abordar os malefícios do consumo de alimentos e as preparações contendo esta substância. Depois vamos realizar oficinas para elaboração das preparações com substitutos da gordura trans”, explica a professora Laudilse Souza, que também participa do projeto.

 

Todas as atividades terão o envolvimento dos alunos articulados às atividades previstas em disciplinas do curso de Nutrição, além de monitores e bolsista. Este projeto contará com o envolvimento dos funcionários do Restaurante Universitário, que também vão fazer parte do público alvo do projeto. “É importante que os funcionários do Restaurante Universitário também recebam esclarecimentos sobre os prejuízos à saúde com o consumo de gordura trans. Precisamos promover uma alimentação saudável a partir da comunidade acadêmica, sendo estendida para a população em geral. Esse é o papel da extensão da Universidade”, ressalta Manuela Mika.

 

“Queremos proliferar a prática de eliminação dessa gordura na alimentação do público alvo, buscando minimizar riscos a sua saúde e complicações às suas patologias diagnosticadas. Também é uma forma de os alunos de nutrição atuarem na prática, levando conhecimentos importantes para a comunidade”, destaca a professora Lauldise Souza.